quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Missões -Um Grito Que Não Se Cala!


O dia trazia consigo um ar de desafio! Aqueles momentos da nossa visita à China já estavam tornando-se um instrumento transformador de Deus em nossa vida – embora ainda não soubéssemos avaliar com precisão tudo o que estava sendo gerado em nosso interior e mudado em nossa concepção cristã!

Enquanto caminhávamos para o local – onde, conforme nos fora informado, conheceríamos um homem que chamaremos de Josué –, vagavam lentamente, em meu coração, algumas questões acerca do rumo que a igreja brasileira está tomando, e não pude deter as lágrimas por tanta liberdade cristã desperdiçada nesse nosso país privilegiado.

O hotel, local da reunião, era grande e marcado por detalhes que não nos permitiam esquecer que estávamos num país oriental. Recordo-me da sala em que nos acomodamos: grande e clara, com uma mesa enorme rodeada de cadeiras confortáveis. Uma mistura de expectativa e ansiedade tomava conta do ambiente.

Alguns minutos depois, vimos entrar o tão esperado homem: estatura mediana, físico forte, olhar e sorriso que expressavam tanto da vida de Deus quanto suas palavras revelariam mais adiante. Este homem, um cristão chinês convertido há alguns anos, lutava para implantar, no coração da igreja chinesa, a responsabilidade por missões. Enquanto eu ouvia a introdução do nosso contato, dizendo, em inglês, que estávamos diante de um homem do qual o mundo não era digno, fixei minha atenção nele, e meus pensamentos tomaram asas.

Ouvimos sobre o projeto que Josué estava desenvolvendo, sério e extremamente arriscado, treinando cristãos chineses para serem enviados a outro país do Oriente, totalmente fechado para o evangelho. Segundo o interlocutor, ele já havia sido preso e torturado algumas vezes por amor a Cristo e ameaçado de morte caso avançasse na expansão da Palavra de Deus.

De fato, estava, diante de meus olhos, um herói em meu sincero conceito de heroísmo genuíno!

Quando Josué tomou a palavra para nos cumprimentar, percebi que seu coração era experimentado: havia nele um misto de doçura e maturidade, de amor e responsabilidade consciente. Falou-nos com tanta propriedade sobre o desafio de alcançar outros povos e dar a vida pela causa de Cristo que fomos constrangidos pelo amor.

Veio à minha mente: “Como um homem que vive sob tanta pressão e perigo pode estar preocupado com outros povos e nações?”.

Ele continuou relatando sobre o treinamento árduo dos irmãos chineses e como desenvolvem o senso de responsabilidade para com os que se perdem e a possibilidade concreta de morrerem no desenrolar do trabalho. Contou-nos a respeito das baixas que sofreram ao longo desses anos, de igrejas destruídas por bombas, pastores mortos enquanto pregavam a Palavra e alguns de seus amigos torturados cruelmente até a morte.Meu coração sangrou de vergonha e dor.

Falou-nos por mais de uma hora sempre com a face brilhante de alguém envolvido com o mais nobre trabalho da Terra. Em nenhum desses momentos, citou prisões ou torturas, falou das perseguições ou ameaças sofridas; manteve sempre a palavra doce e firme, encorajando-nos ao cumprimento do IDE.

Num determinado ponto da conversa, uma mulher da nossa equipe, em meio a lágrimas, levantou a mão indicando uma pergunta. Josué olhou para ela com um sorriso, e ela avançou:

– Irmão Josué, sabemos que você esteve preso algumas vezes. Tenho uma pergunta: como você conseguiu amar seus torturadores e lhes perdoar?

Enquanto escrevo estas linhas, tenho na lembrança o olhar de amor que ele dirigiu a algum ponto da sala enquanto ouvia tal pergunta. Para mim, a resposta já havia sido dada naquele olhar...

Ele suspirou fundo:

Minha irmã, lembro-me de uma vez em que fui pego falando de Cristo: os soldados me conduziram a uma sala, colocaram-me de joelhos e começaram a dizer que eu deveria negar a minha fé. Todas as vezes em que abria os meus lábios para confirmar que cria em Cristo como meu Senhor, um daqueles soldados me chutava a boca. Não me era permitido cuspir o sangue, e, em pouco tempo, meus lábios estavam totalmente inchados.

Enquanto aquele homem me batia, orei intimamente perguntando ao Senhor a razão de ele permitir aquela dor e sofrimento. Ouvi o seu Espírito falando mansamente: “Jesus sabe exatamente o que você está sofrendo, pois também foi preso e torturado – e a cada um dos seus malfeitores perdoou! Receba dele a graça de perdoar e amar”.

Levantei os olhos em direção ao soldado que me batia, e meu coração foi totalmente inundado de amor por ele, um amor capaz de perdoar por completo. Naquele momento, eu aprendi que nada é maior do que a capacidade que Cristo nos dá de amar e perdoar os nossos inimigos.

Depois disso, ele prosseguiu, encorajando-nos na disposição de pregar o evangelho a qualquer preço, levando esperança a homens mortos espiritualmente e traduzindo em vidas o fato que mudou para sempre a nossa história: A CRUZ DE CRISTO!

Saí dali com meu conceito de devoção cristã retocado com a nobreza e a disposição de Josué; chorei por mim mesma e por minha fé débil e influenciável; clamei pela igreja brasileira e sua fraca convicção de entrega e sacrifício e, por fim, deixei meu coração sentir o drama dos 85 mil homens e mulheres que morrem diariamente sem conhecer Cristo, das inúmeras crianças submetidas à prostituição, do massacre cruel nos campos de refugiados em países do Oriente, dos 33 milhões de deuses adorados na Índia, da crueldade contra os cristãos em países como Coréia do Norte, Vietnã e Sudão e de todos os pastores e líderes da igreja sofredora que pagam com a própria vida a propagação do Evangelho...

Pensei em tudo isso e um GRITO foi tatuado em minha vida por todos os dias, GRITO este que expresso hoje a você:

ATÉ ONDE VAI SEU AMOR POR CRISTO E A SUA CAUSA?

Ariadna Faleiro de Oliveira atua na mobilização de intercessores e mantenedores para a obra de missões e, junto com o seu esposo Paulo, pastoreia a Igreja Batista da Paz em Goiânia, desenvolvendo um projeto de recuperação com mulheres dependentes químicas ou envolvidas com prostituição. Tem acompanhado equipes em viagens de curto prazo a países onde a perseguição ao cristianismo é severa, objetivando um despertamento maior acerca desse assunto. Você pode conhecer um pouco mais sobre esse ministério através do link “O MUNDO EM FOCO” no site www.familiadapaz.com.br ou enviando um e-mail para omundoemfoco2008@hotmail.com.

por Ariadna de Oliveira

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

• Salvos do Inferno ou Vivendo Para a Glória de Deus?-por Richard Owen Roberts

Os dois artigos a seguir foram adaptados de uma mensagem dada na Conferência "Clamor de Coração por Avivamento" em Asheville, Carolina do Norte, EUA, em abril de 2002. Richard Owen Roberts é autor e conferencista sobre avivamento, e dirige "International Awakening Ministries" em Wheaton, Illinois, EUA.

Estamos vivendo numa época singular, em um tempo confuso. Vivemos em dias em que é quase impossível distinguir a igreja verdadeira daquela que apenas professa ser cristã. Creio que nunca houve uma época no passado em que houvesse, como hoje, literalmente milhões de pessoas que podem dizer o dia e a hora quando aceitaram Cristo e, no entanto, vivem para si mesmos e para Satanás.

Há multidões de pessoas hoje que honestamente acreditam que são cristãos porque foram batizadas – algumas porque foram batizadas como bebês, outras porque foram batizadas quando adultos. Estão confiando em regeneração por batismo. Depois existe um número inacreditável de pessoas que se agarram a uma decisão que tomaram e que foram erroneamente informadas por seus líderes que isto os tornou filhos de Deus. Estão pendurando toda sua segurança eterna em regeneração por decisão.

A Bíblia, porém, descreve a regeneração pelo Espírito Santo (Jo 3.5-8). Aqueles que realmente são filhos de Deus nasceram do Espírito e existe uma diferença infinita entre regeneração pelo Espírito e regeneração por batismo ou por decisão.

Cada vez que acrescentamos mais uma pessoa, que desconhece totalmente a obra regeneradora do Espírito Santo, às fileiras dos membros de igrejas ou dos cristãos professos, estamos aumentando a confusão e contribuindo para o declínio moral e espiritual que já existe.

Para Que Jesus Veio?

Deixe-me fazer a seguinte pergunta: Jesus Cristo salva do inferno? Foi para isto que ele veio, para salvar do inferno? Você se lembra do que o anjo disse para José? "E lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles" (Mt 1.21).

Quem sabe, você também é culpado de ensinar aos outros que podem ser salvos do inferno sem jamais serem salvos do pecado. Encontro freqüentemente com pessoas, em números cada vez maiores, que, se falassem com toda honestidade do coração, diriam abertamente: "Eu nem quero ser salvo do pecado. Pretendo continuar vivendo no pecado, mas estou tão feliz por ser salvo do inferno."

Você já imaginou como injuriamos o Deus Altíssimo quando o consideramos tão extremamente absurdo que teria a capacidade de salvar as pessoas do inferno mas não do pecado? Por que o inferno existe? Sem dúvida, o inferno existe por causa daqueles que não querem se arrepender e crer. Partir, porém, para a suposição de que Deus, com seu infinito coração de amor e compaixão, salvaria as pessoas da penalidade e, ao mesmo tempo, as deixaria com o problema, é uma afronta inaceitável contra nosso Deus.

Jesus Cristo veio para salvar as pessoas dos seus pecados. Precisamos fazer uma distinção muito clara, nas nossas mentes e, certamente, na nossa apresentação da verdade aos outros, entre o pecado como uma passagem garantida para o inferno e o pecado como ladrão da glória de Deus.

A Mente Substituída

Há uma afirmação comum na igreja que diz que arrepender-se é mudar de pensamento. Nunca fiquei totalmente satisfeito com este conceito. Aos poucos tenho entendido algo muito relevante sobre este assunto. Verdadeiro arrependimento significa uma mente substituída. Os incontritos possuem a mentalidade do mundo. Porém, os arrependidos recebem a mentalidade do Espírito.

Quando chegamos a Jesus Cristo, nascidos pelo Espírito de Deus em arrependimento, recebemos uma nova mente. Não estamos mais interessados em tentar passar com o máximo de erros sem ser notado. Não queremos mais andar o mais próximo possível ao precipício, esperando que não caiamos. Temos a mentalidade do Espírito.

É muito diferente pensar do pecado como algo que nos leva ao inferno e pensar nele como aquilo que rouba a glória de Deus. Deus não criou o homem para salvá-lo do inferno. Criou-o para glorificar a Deus e depois para desfrutar da sua vida e comunhão para sempre. Não dá para separar estes dois propósitos. Achar que se pode desfrutar de Deus eternamente e ao mesmo tempo recusar ou falhar em trazer glória para ele nesta vida é absolutamente absurdo.

Com esta base lançada nas nossas mentes, queremos examinar 1 Pedro capítulo 4.

Vivendo Para a Glória de Deus

Nos primeiros dois versículos, temos uma definição do propósito do sofrimento. "Ora, tendo Cristo sofrido na carne, armai-vos também vós do mesmo pensamento; pois aquele que sofreu na carne deixou o pecado, para que, no tempo que vos resta na carne, já não vivais de acordo com as paixões dos homens, mas segundo a vontade de Deus."

Por que Deus permite que seus próprios filhos sofram? Lemos no versículo 1 que Jesus Cristo também sofreu na carne. Assim é perfeitamente compreensível e razoável que nós também soframos. É minha tarefa "armar-me" com este mesmo propósito, reconhecer que Deus está trabalhando e tem um plano para seu povo.

Somos informados nesta passagem que aquele que sofreu na carne deixou ou cessou do pecado. Pode ser que não compreendamos bem o que esta frase, ou outras nesta passagem, significam. Uma coisa, contudo, deve estar clara: que há um propósito no sofrimento e que pelo menos uma parte deste propósito é nos levar a um lugar onde o pecado não seja mais o fator governante nas nossas vidas, onde uma mudança radical de foco tenha ocorrido, ao ponto de não mais nos preocuparmos com o inferno.

Nosso problema não é ir ou não ir para o inferno. Se pudéssemos ir para o inferno para a glória de Deus, iríamos com prazer. O que nos importa é a glória de Deus. Se o sofrimento, de alguma forma, vai trazer a glória de Deus, estou a favor dele.

Leia agora o versículo 3: "Porque basta o tempo decorrido para terdes executado a vontade dos gentios, tendo andado em dissoluções, concupiscências, borracheiras, orgias, bebedices e em detestáveis idolatrias."

Você já perdeu tempo suficiente da sua vida. O tempo está curto demais para o continuar desperdiçando. Foi mais que suficiente o tempo que gastou cumprindo o desejo dos gentios, seguindo o curso de sensualidade, lascívia, bebedeiras, excessos, festas libertinas e idolatrias abomináveis. Você não tem mais um segundo para perder nesta direção. Quaisquer dias que ainda tiver, sejam poucos ou muitos, devem ser dedicados à alta vocação de Deus que você tem em Cristo Jesus. Você não pode permitir que algum terrível desapontamento o lance em mais um ciclo de declínio moral e espiritual. Todo o tempo que ainda tiver deve ser resgatado para a glória de Deus. Foi por isto que foi criado. Você já perdeu incontáveis oportunidades de trazer glória para ele. Não perca mais uma sequer.

Versículos 4 e 5: "Por isso, difamando-vos, estranham que não concorrais com eles ao mesmo excesso de devassidão, os quais hão de prestar contas àquele que é competente para julgar vivos e mortos..."

Alguém se surpreendeu por você não andar junto com sua turma? Alguém o difamou? Você não se encaixa. Não faz parte. A tristeza da situação atual da igreja, entretanto, é que a maioria dos cristãos se encaixa maravilhosamente bem no mundo. Ninguém se perturba com sua presença, nem com sua conduta, ou testemunho. Nossas vidas transformadas deveriam encabular os outros e, quando isto não acontece, temos motivo de estar de rosto em terra diante de Deus, buscando aquele arrependimento que resulta na mente substituída.

Prestando Contas ao Juiz

Em seguida, o apóstolo fala que teremos de prestar contas àquele que julgará vivos e mortos (v. 5), pois "o fim de todas as coisas está próximo" (v.7). Há uma lista de fatores que devem estar na nossa vida se quisermos glorificar a Jesus:

1. "Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros" (v.8).

2. "Sede, mutuamente, hospitaleiros, sem murmuração" (v.9). Devemos amar uns aos outros, mas como colocar isto em prática? Sendo hospitaleiros de coração, recebendo e tratando uns aos outros com o máximo de bondade e preferência.

3. "Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus" (v.10). Muitos pensam que ser bom despenseiro, ou mordomo, refere-se a dinheiro. Sem dúvida, se você fizesse uma lista do que tem recebido por causa da multiforme graça de Deus, o dinheiro estaria lá; entretanto, ocuparia um lugar insignificante em relação a todos os outros itens. O dinheiro é algo que podemos chamar de graça comum; existem muitas outras coisas que Deus nos concede na sua multiforme graça, que são graças especiais, dons sobrenaturais e capacidades espirituais – todos os quais requerem boa mordomia. Não temos o direito de enterrar nosso talento, nem de desprezar o que Deus nos deu.

4. "Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus" (v.11). Aquele que tem a responsabilidade de falar com o povo de Deus deve falar como representando o próprio Deus. Será que os ouvintes sentem que é apenas o homem falando, ou que é a voz de Deus? Às vezes, o povo critica o pregador e não dá ouvidos às palavras pregadas. Aprenda a falar de acordo com os oráculos de Deus e muita gente que hoje tem coragem de rejeitar sua palavra começará a sentir temor. Toda aquele que fala à igreja deve falar sentindo o temor de Deus sobre sua própria vida e sobre seus ouvintes. Sua função não é entreter as pessoas, nem demonstrar eloqüência ou conhecimento de fatos atuais; é transmitir o que Deus deseja falar com aquele povo.

5. Finalmente: "Se alguém serve, faça-o na força que Deus supre" (v.11). E tudo isto "para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos" (v.11).
por Richard Owen Roberts

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Ministra de Louvor Gilmara

Palavra minstrada pela Gilmara, Ministra de Louvor, da Comunidade Evangélica Ministério Somos Um

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Assista ao Vídeo!

Grupo Expressão de Louvor, da Comunidade Evagélica Ministério Somos Um, no Culto de Comunhão com a Igreja Metodista de Vila Kennedy.