terça-feira, 11 de outubro de 2011

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

ONG faz protesto contra o tráfico na Vila Kennedy, no Rio de Janeiro

A praia de Copacabana e o aterro do Flamengo, no Rio, amanheceram com faixas de pedido de segurança। É o movimento da ONG Rio de Paz pela comunidade em defesa dos moradores da Vila Kennedy। Eles dizem que não aguentam mais viver no meio da guerra do tráfico. Os tiroteios entre traficantes de facções criminosas rivais aumentaram nos últimos quatro meses e tem levado pânico às ruas do bairro. g1

terça-feira, 26 de julho de 2011

terça-feira, 28 de junho de 2011

Cracolândia

Drogas, problemas, esperança, testemunho e desafios.

Localizada no centro de São Paulo, a Cracolândia é uma ferida aberta a revelar o terror do universo dos drogados no estado mais bruto. Em alguns pontos, os viciados tomam completamente o espaço público, calçadas e ruas, chegando a dificultar o trânsito de carros. O vai e vem é interminável. Diante do quadro de penúria dos corpos mutilados pelo crack, tem-se a impressão de estar diante de zumbis. A droga descola as pessoas da realidade. Luz ou noite, tudo igual. Passam dias sem comer ou dormir. O pouco que resta do raciocínio é totalmente devotado ao esforço de obter mais droga.

Furto, prostituição, mendicância. Tudo gira em torno da droga. O mundo prefere pensar que a este local não existe. Mas existe. É a realidade de milhares. Presos em uma armadilha de onde não se sai sozinho e a ajuda é escassa. O estado não assume a tarefa e esta é uma missão que poucos crentes têm a coragem e o preparo para enfrentar.

Na mente dos missionários atuando no local está a certeza de que esta é a vontade do Senhor, pois foi em cenários parecidos que Jesus atuou quando cruzou os limites das colônias de leprosos e das áreas marginalizadas durante Seu tempo entre nós.

Raspa do chifre do diabo

O Crack é um subproduto da Cocaína que até a última década era descartado devido a sua toxidade extremada até para os padrões dos traficantes. Atualmente, a droga é largamente vendida e é fumada em cachimbos improvisados. O Crack é uma droga poderosa que consome o físico e a mente e mata a maioria dos usuários em pouco tempo. O seu baixo preço a faz a droga dos mais pobres e marginalizados.

Alguns especialistas dizem que devido ao baixíssimo nível sócio-econômico do consumidor de crack e, consequentemente, a sua pouca expressão social, falta vontade política às autoridades para tomarem providências efetivas. Até mesmo o combate ao comércio da droga, não parece gerar interesse no poder público, como ocorre quando se trata de combater crimes de maior visibilidade.

As iniciativas do poder público no sentido de abordar a questão não passam da retórica. Quem tem feito a diferença são os cristãos evangélicos atuando no local. Já há vários grupos trabalhando na área e estão obtendo bons resultados em prol da vida e do Reino.

Um dos projetos no local desde o início de 2009 é o Radicais Brasil da Junta de Missões Nacionais, dos Batistas. Liderados pelo casal de missionários Humberto e Soraya Machado, o grupo circulou entre becos e favelas da capital, mostrando aos marginalizados que há esperança, apesar das circunstâncias.

Caminhar lado a lado com a população de rua, demonstrando interesse por suas vidas foi essencial para que o projeto se desenvolvesse. Logo nas primeiras ações, os Radicais presentearam com um par de muletas uma moradora de rua - grávida de sete meses e com uma fratura na perna, já que a sua havia sido roubada. "Ela chorava muito, e nós, que estávamos ali naquele momento, tínhamos que dar uma solução. Oramos, conversei com ela e pedi que me aguardasse. Voltaríamos com a resposta. Era desafiador... a garota não tinha como sair daquele lugar", explicou Soraya. Mais tarde, a solução: um novo par de muletas. Daí por diante a confiança estava estabelecida. Ouviam-se dos marginalizados comentários do tipo: "Eles são sérios e fazem um excelente trabalho... eles são de Deus!".

Os frutos que surgem precisam de um acompanhamento diário, sendo, em sua maioria, encaminhados para casas de recuperação, onde também recebem o discipulado. No trabalho com marginalizados, não basta retirar as pessoas das ruas. É necessário alcançar o foco do problema. Por isso, foi preciso alargar a tenda, alcançando também a Comunidade do Moinho, local de onde vem grande parte das drogas consumidas na Cracolândia. Paralelamente ao trabalho espiritual, os Radicais realizam atendimentos sociais, tais como cortes de cabelo, orientações médicas e atendimento diferenciado às crianças. Como resultado desse período de atuação, algumas famílias já se decidiram por Cristo.

O testemunho de G

Um dos frutos gerados na Cracolândia é a jovem G. Em julho de 2009, soube da atuação dos Radicais e decidiu procurá-los a fim de encontrar libertação. Apesar de tímida, contou que havia deixado a Bahia após algumas desavenças familiares. Chegando a São Paulo, se virou como pôde para se alimentar e conseguir abrigo. No crack viu a forma mais barata para fugir dos problemas, mas o que não sabia era que essa viagem custaria nada menos que anos de vida. Contou que tinha uma filha, que era cuidada por uma amiga. Quando dava, fazia uma breve visita para controlar a saudade, mas a tentação das drogas falava mais alto, fazendo-a retornar às ruas. Felizmente, após ser encaminhada para uma casa de recuperação, G. encontrou um novo caminho e, no dia 27 de Dezembro de 2009, confirmou sua decisão por Cristo, descendo às águas batismais na Primeira Igreja Batista de São Paulo (igreja que dá o apoio logístico e institucional ao projeto). A emoção foi grande e a certeza de se estar no caminho certo ainda maior.
Projeto Retorno (Igreja Quadrangular) e Missão Cena

Outra missão dando muitos frutos para o Reino no local é o Projeto Retorno, com muita experiência em ações com tribos urbanas. O casal responsável pelo ministério na Cracolândia é o Pr. Jair e a esposa Nildes Nery, que, em uma atitude ousada, se mudaram com as filhas Talita e Lais da Bahia para São Paulo encarando o desafio proposto pela Igreja do Evangelho Quadrangular. Hoje eles não somente trabalham, mas também moram no coração da Cracolândia, arriscando a própria segurança e esquecendo a própria comodidade pelo Reino na vida dos usuários de crack. Além da missão junto aos viciados, o casal também atua coordenando a ações de dezenas de jovens em prol da cidadania de homossexuais e prostitutas atuando na área.

A Missão Cena é outra missão atuando na área. Esta turma do bem coopera para os serviços básicos da população local oferecendo meios de higiene pessoal, assistência médica, roupas, alimentação, cursos e atividades interativas, como danças, artesanatos, capoeira e outras.

"Agora que vi, sou responsável"

Thaís Chioqueti conta como foi sua primeira experiência no local: Um dos jovens da igreja sugeriu um programa diferente para nossa reunião e programou uma "visitinha" ao local para distribuirmos comida. Compramos 300 hot-dogs e juntamos 30 jovens em um sábado à noite. Não deu nem pro cheiro... Saímos do espaço da Missão Cena, todo mundo feliz e alegre, com os celulares devidamente escondidos nos bolsos, bandejas e mais bandejas com lanches e garrafas de suco. Depois de uns cinco minutos de caminhada viramos uma esquina. Naquele momento as 30 pessoas com lanches foram literalmente engolidas por uma multidão de - sem exageros - umas 500 pessoas moradoras de rua, profundamente drogadas, bêbadas, sujas e o que mais você imaginar. Foi um soco no estômago. O inferno existe mesmo e fica ali na Cracolândia, com certeza. Os 300 lanches acabaram em cinco minutos, muita gente ficou sem. É incrível imaginar como aquele mar de gente vive ali, todas as noites... ex-psicólogos, ex-universitários, ex-advogados e também ex-pastores. Os que não estavam "lesados" demais conversavam com a gente e naquele momento vimos como os vícios e os prazeres da carne roubam a identidade das pessoas. Ninguém era alguém lá. Todo mundo era escravo da droga e fim. Foi um baque para o grupo todo. O mais incrível é perceber que a maior transformação aconteceu dentro de mim. É como aquela música da Brooke Fraser que diz: "Now that I have seen, I am responsible" ("Agora que vi, sou responsável"). Deus me lembrou o quanto Ele é misericordioso comigo e o que Ele espera de mim com relação a seus outros "filhinhos".


E quem mais pode ajudar

Há outros grupos de evangélicos atuando na área, em maior número do que este espaço nos permite honrar. Se o poder público não quer despender esforços no resgate destas vidas, ou mesmo não acredita que tais vidas possam ser resgatadas, há quem pense diferente. Um grupo valoroso de evangélicos brasileiros vive a certeza de que o esforço compensa. Nossa gente sabe que não existe droga que não se consiga vencer pelo Sangue de Jesus! A mentira do Crack é apenas mais uma causa derrotada do inimigo. Em Jesus, os crentes irão transformar, em pouco tempo, a Cracolândia em Cristolãndia, para a honra e glória de Quem nos sustenta.

Provérbios 23:32-25 No fim, picará como a cobra, e como o basilisco morderá. Os teus olhos olharão para as mulheres estranhas, e o teu coração falará perversidades. E serás como o que se deita no meio do mar, e como o que jaz no topo do mastro. E dirás: Espancaram-me e não me doeu; bateram-me e nem senti; quando despertarei?

MISSÕES NACIONAIS - RADICAL BRASIL
Em 2010, o projeto mantém suas atividades na Cracolândia paulista, mas com uma nova equipe que dará prosseguimento ao trabalho iniciado em julho de 2009. Além desse objetivo, o Radical 2010 vem com um novo desafio: atuar entre os marginalizados da cidade do Rio de Janeiro.

PROJETO RETORNO

R. Conselheiro Nebias, 335
Fone 11-3337164
basemundialsp@ieqmissoes.org.br

A MISSÃO CENA

R. Gen. Couto de Magalhães, 280
01212 - 030 - São Paulo, SP
Fone 11-3331-4471
Casa Família
Fone 11-4991-6650
Fazenda Nova Aurora
Fone 11-4682-1645

quinta-feira, 16 de junho de 2011

PAZ EM VILA KENNEDY

“Olho para os montes, de onde me virá o socorro?”(Sl,121:1)

Houve um tempo em que olhar para os montes era sinônimo de paz. Olhar as matas verdejantes, olhar para a criação e filosofar sobre a salvação que o Senhor pode trazer. Infelizmente os cariocas não têm podido dizer este texto da mesma forma. Os morros do Rio são vitimados pelo mal, onde o medo de invasões, de tiroteios e ocupações tem feito cada cidadão de bem olhar com desconfiança, como que procurando invasores, bandidos, ou policiais em busca destes.

O texto sagrado continua assim: “O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra.”(Sl.121:2) Como que numa revelação da soberana vontade de Deus, o salmista declara que, mesmo olhando para os montes, não crê vir de lá seu auxilio, sua ajuda. Mas dá ao Senhor a fé para ser livre das adversidades.
Parece algo utópico dizer isso, mas é a mais pura realidade, tanto vivenciada pelo salmista, quanto por quem busca ao Senhor ainda hoje!

O Rio precisa de políticas públicas que transformem favelas ocupadas por milícias, ou tráfico, em bairros onde a dignidade impere.

O Rio precisa da notoriedade não nas páginas policiais, mas voltar a ser conhecido como terra de belezas naturais e povo feliz.
O Rio precisa, acima de tudo isso, entender que seu socorro não virá das ocupações de UPP’s, nem de projetos sociais que impedem o regresso do banditismo.
O Rio precisa de Jesus, Suas mãos, Sua Graça salvadora, que transforma o interior do homem, fazendo o maldito gente de bem.
O Rio precisa voltar a olhar para os montes sem medo!

Igreja: clama ao seu Senhor para que o socorro venha sem demora!

Wendel Bernardes

domingo, 15 de maio de 2011

DERROTA OU VITORIA?! A ESCOLHA É SUA!


Posso todas as coisas naquele que me fortalece."
Filipenses 4.13

Somos capazes de fazer mais e ir mais longe do que imaginamos, mas não acreditamos que podemos e nos acovardamos pelo medo de fracassar ou de ser contrariados pelos outros. Quando a pessoa foge por medo de se frustrar ou do que as pessoas vão pensar dela, jamais vai descobrir as forças que Deus guardou em seu coração. Não conhecerá também as próprias fraquezas e limites. Só quem arrisca, só quem tem fé pode se descobrir e se conhecer de verdade. É o que acontece quando arriscamos a fazer algo que nos parece impossível!

O DERROTADO NÃO É O QUE PERDEU A BATALHA, MAS O QUE PAROU DE LUTAR.

Fote: Blog Mensagens para Refletir

domingo, 1 de maio de 2011

Pastor David Wilkerson-morre em acidente


Pastor David Wilkerson, 79 anos, fundador da Igreja de Times Square, em Nova Iorque morreu hoje, em acidente de carro no Texas, de acordo com uma fonte próxima à CBN News.
Seu primo Rich Wilkerson confirmou a sua morte, por meio do Twitter. Ele confirmou a morte de “meu querido primo David Wilkerson”, que perdera “a vida num trágico acidente de carro esta tarde”, disse e após pediu orações. Ele deixa quatro filhos e 11 netos.
Wilkerson estava acompanhado de sua esposa Gwen. Ela foi levada para o hospital e os detalhes do acidente ainda não estão completos, conforme a CBNNews. Ela permanece em estado crítico.
Ele havia postado em seu blog, ainda hoje, um artigo em que fala sobre “quando tudo falhar”. Nele incentiva o enfrentamento diante de dificuldades, sempre com a firmeza na fé.
“Para quem vai pelo vale da sombra da morte, ouça esta palavra: choro vai durar por algum escuro, noites horríveis, e em que a escuridão em breve você vai ouvir o sussurro do Pai: “Eu estou com você”, escreveu Wilkerson.
“Amado, Deus nunca deixou de agir, com bondade e amor. Quando falham todos os meios, o seu amor prevalece. Segure firme a sua fé. Permanecei firmes na sua Palavra. Não há outra esperança neste mundo”.
Vida e obra
Pastor Wilkerson passou a primeira parte do seu ministério, aproximando-se de membros de gangues e viciados em drogas em Nova Iorque, como disse em seu livro, o best-seller A Cruz e o Punhal.
Seu trabalho deu o start no mundo às atividades cristãs de recuperação de dependentes químicos, por meio de centros de recuperação. Em 1971, começou a World Challenge, Inc. como um guarda-chuva para suas cruzadas, conferências, evangelismo e outros ministérios.
Igreja de Times Square foi fundada sob os parâmetros do grupo em 1987. Atualmente ela é liderada pelo pastor Carter Conlon e tem mais de 8 mil membros.
Fonte: Fronteira Final/via Holofote.net

terça-feira, 1 de março de 2011

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Gays e transexuais são modelos nas escolas da Califórnia‏

Bob Unruh

Legisladores do estado da Califórnia estão propondo uma lei que requer que as escolas tratem lésbicas, homossexuais, transsexuais e aqueles que escolhem outros estilos de vida sexuais alternativos como modelos de papel positivo para crianças em todas as escolas públicas.

O projeto de lei tem o patrocínio do senador Mark Leno. Abertamente homossexual, Leno se orgulha de ter fundado uma empresa com seu 'parceiro de vida Douglas Jackson', que depois morreu de complicações da AIDS.

Em seu site, Leno expressou sua preocupação: "A maioria dos livros didáticos não inclui nenhuma informação histórica sobre o movimento LGBT, que tem grande importância para a história tanto da Califórnia como dos Estados Unidos".

"Nosso silêncio coletivo nesta questão perpetua estereótipos negativos do povo LGBT e leva a um maior bullying dos jovens. Nós não podemos simultaneamente dizer aos jovens que é certo eles serem eles mesmos e viver uma vida aberta e honesta, quando nós nem estamos ensinando aos estudantes sobre as personalidades históricas LGBT ou o movimento de direitos iguais LGBT", ele disse.

Entretanto, a Campaign for Children and Families, organização pró-família, em sua mensagem, alerta que "crianças já no jardim-de-infância serão ensinadas a admirar a homossexualidade, 'casamentos' de mesmo sexo, bissexualidade e transexualidade".

"As crianças serão atraídas para entrar no ativismo político para apoiarem tudo o que é promovido pelos grupos políticos 'gays, lésbicos, bissexuais, transgêneros, intersexuais e questionadores', porque o projeto de lei pede 'ênfase particular em retratar o papel desses grupos na sociedade contemporânea'".

Além disso, o projeto prevê que "professores retratem de forma positiva a homossexualidade, 'casamentos' do mesmo sexo, bissexualidade e transexualidade... porque ser silencioso os expõe à acusação de 'refletir negativamente".

"Isso é uma doutrinação sexual radical, que pais genuinamente não querem e crianças realmente não necessitam", diz a declaração.

O comentário do Conselho Legislativo da Califórnia sobre o plano afirma que a lei "requereria que a instrução em ciências sociais também incluísse um estudo do papel e contribuições de americanos índigenas, afro-descendentes, mexicanos, asiáticos, pessoas advindas das ilhas do Pacífico, euro-americanos, lésbicas, gays, bissexuais e americanos transgêneros... para o desenvolvimento da Califórnia e dos Estados Unidos".

O projeto de lei também propõe a "ênfase particular em retratar o papel destes grupos na sociedade contemporânea" no ensino.

Randy Thomasson, líder do Campaign for Children and Families, nota que os diretores de escola teriam que escolher livros didáticos e outros materiais que promovem abertamente o homossexualismo, porque o silêncio "os expõe a acusações de 'refletir negativamente", destacando que os pais não poderão tirar seus filhos dessas aulas.

Thomasson disse ao WND que essa lei é mais um passo, seguindo as várias leis do tipo aprovadas anteriormente na Califórnia que severm ao propósito duplo de reprimir valores tradicionais da família e promover os "alternativos".

"As escolas públicas da Califórnia não são mais lugares seguros moralmente para meninos e meninas", ele disse ao WND. "Este novo projeto de lei, SB 48, reflete o desejo dos legisladores do Partido Democrático da Califórnia de recrutar garotos e garotas para apoiar a agenda homossexual-bissexual-transexual, tanto de forma pessoal pessoal quanto pública".

"Atirar esse balde de despejo na cara de crianças facilmente influenciáveis é algo que a maioria das pessoas acha nojento".

Julio Severo-fonte vinacc

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Assista ao Viídeo! “Eu cavava cantando um hino de louvor a Deus”

Wellington e Nicolas escaparam de dois desabamentos em Nova Friburgo.

Em meio à maior tragédia climática do Brasil, que já deixou mais de 600 mortos desde terça-feira (11) na Região Serrana do Rio de Janeiro, algumas imagens marcaram e emocionaram o país. São exemplos de superação em meio a tanto perigo, dor e medo. Como o bebê Nicolas, que completa sete meses neste domingo (16), quatro dias depois de seu salvamento e de seu pai, Wellington Guimarães, que ficaram soterrados por 15 horas e sobreviveram a dois desabamentos.

“Dou graças a Deus de ter perdido a noção do tempo, tenho certeza de que foi Deus ali”, disse o pai. Nicolas continuava calminho, como no momento do resgate.

Na última terça-feira (11), Wellington e a mulher, Renata, resolveram passar a noite na casa da mãe dela por causa da chuva. O casal, a sogra e o bebê estavam dormindo no mesmo quarto.

“Eu acordei com aquele barulho de coisa vindo e não lembro, não sei, parece que eu tentei sentar na cama. De repente tudo parou, foi coisa de segundos, não dá tempo nem de gritar. A Renata e a Fátima faleceram na hora. Inclusive uma perna minha estava meio presa nela”, lembra Wellington.

Nicolas estava vivo, mas longe de Wellington. “Ele chorava, chorava, chorava e eu não tinha como estar perto dele, porque eu estava com as pernas presas. Eu consegui tirar uma perna, a outra estava mais embaixo, e aí foi quando eu comecei a chamar por socorro. Veio um rapaz e foi chamar o bombeiro”, continua o sobrevivente.

Salvos de dois desabamentos

Os bombeiros chegaram, mas não conseguiram resgatar pai e filho. “Eles ainda falaram: ‘Gente, cuidado com a barreira’. Aí eu fiquei imaginando: barreira só podia ser o morro. Quando eles acabaram de falar isso, não passou cinco minutos desceu a queda e soterrou eles também”, disse o pai de Nicolas.

Era o segundo desabamento. “Eu não tenho noção de nada, eu orei muito, pedi muito a Deus. Eu cavava cantando um hino de louvor a Deus. Cavei o tempo todo. Minha mão está toda arrebentada, dá para perceber”, disse Wellington, que cavou até chegar perto de Nicolas.

“No primeiro momento que eu peguei ele, ele se acalmou. Eu juntava saliva na boca para dar a ele para pelo menos molhar a boca dele. Eles [os bombeiros] estavam com a máquina em cima. Então, eu percebi que eles estavam cavando com vontade, achando que não tinha ninguém. Ninguém dizia que tinha alguém vivo ali. Aí eles chegaram bem perto. Chegou abrir um feixe de luz sobre a madeira. Eles perguntaram: ‘Tem alguém aí?’. ‘Estou eu e meu filho’. ‘Vocês estão bem?’. ‘Estamos’. ‘Tem mais alguém?’ Eu falei: ‘minha esposa e minha sogra, mas elas estão mortas’. E aí eles conseguiram abrir um buraco, me deram água”, relembra Wellington.

“Ele engasga muito com água, então eu botava água na boca e dava na boca dele. Aquele primeiro contato que ele viu que era água, ele agarrava no meu rosto assim e abria a boca, igual quando ele pede comida, para pedir água. Com a língua, eu controlava a água que ele bebia, ele mamava na minha língua. Assim foi que eu fui hidratando ele, e ele bebeu tanta água que dormiu. Depois ele acordou e pediu água de novo, agarrava no meu rostinho, quando teve um pouco de claridade, a gente conseguiu ver um ao outro”

Abraçados, pai e filho esperaram pelo salvamento. “Ele ficava quietinho no meu colo. Quando eu dei ele, ele saiu rindo. Dentro da ambulância, ele estava conversando”, lembra.